Ô!

Origami Amassado

Compositor: Winston Churchill Rangel

Ô!
Daí, Nanita segue firme decidida
Pelo que disse a sua carta no tarô
De salto alto, põe batom, se empiriquita
E vai à luta procurar seu grande amor
Ô!
Quando ela passa, a rua inteira se agita
Com cada um se imaginando o sedutor
Empurra, puxa, faz sinal, buzina e grita
Sou eu, sou eu, sou eu, sou eu, sou eu, eu sou!
Ô!
Ouve o que oferta cada um
Sabe que tudo é lugar-comum
Versos requentados de Quintana
Promessas e amor eterno pra durar uma semana
Ô!
Jantar a luz de velas com champanhe
Luau com lua cheia a beira mar
Casar num cassino em Las Vegas
Pois bregas sempre sabem exagerar
Ô
Em uns Nanita até finge que acredita
Pra outros faz ouvidos de mercador
Há muitos nobres que estão pobres por desdita
E não são poucos os que a família deserdou
Ô
Um diz, se ela quiser que me acompanhe!
Outro será escravo a seus pés
Fiéis serão, juram de pés juntos
Nanita troca de assunto
Quer saber o coletivo pra Manés
Ô!
Quando Nanita quase está desiludida
Achando até que o Arcano se enganou
Algo de novo acontece em sua vida
Tão forte é o susto que Nanita até gritou
Ô!
Do nada, surge um audaz navegador
Nãos mãos traz colar de algas e corais
Com voz de quem sabe amansar ventos
Convida e sem ganhar consentimento
Traz a moça até o cais
Ô!
Daí pra frente, a história de Nanita
Vira uma lenda que o tempo consagrou
Mas é possível que a história se repita
É bem possível se encontrar um grande amor

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